Redução de custos na era da disruptura digital

 
A gestão de custos costumava ser lembrada pelas empresas somente em momentos de dificuldade. Nos últimos anos, porém, essa prática integrou a rotina dos negócios e passou a receber mais atenção – tanto em tempos prósperos quanto nos mais difíceis.                                                                   

Com o surgimento de inovações disruptivas, como robotização de processos (RPA), analytics e tecnologia cognitiva, a gestão de custos transformou-se em uma peça estratégica, com o poder de afetar indústrias inteiras e de alterar a estrutura e o modelo operacional dos negócios.

A Deloitte entrevistou 1000 executivos C-level de quatro grandes regiões - EUA, América Latina, Europa e Ásia-Pacífico - para levantar insights sobre as tendências de redução de custos.

Principais destaques do estudo

• A redução estratégica de custos é um imperativo global: 86% dos respondentes globais disseram que suas companhias devem adotar iniciativas de redução de custos nos próximos dois anos.

• Metas baixas de redução de custos. Baixos índices de sucesso: Quase metade das organizações entrevistadas buscam uma diminuição de custos menores que 10%; ainda assim, quase dois terços das empresas (63%) não conseguem alcançar essas metas.

• Altas expectativas de crescimento: Apesar de preocupações acerca da economia, 80% dos respondentes esperam que suas receitas cresçam nos próximos 24 meses.

• Um paradoxo estratégico: Prosperar em meio a incertezas. Os dois principais motivadores globais de redução de custos são diretamente ligados a crescimento. Outros, porém, têm um caráter defensivo, indicando que embora desenvolvimento estratégico seja prioridade, as empresas buscam se proteger das instabilidades organizando suas estruturas de custos.

Motivadores da redução estratégica de custos

• Pouca mudança nas abordagens de gestão de custos: As empresas esperam usar a mesma abordagem de gestão de custos utilizada no passado, como "ações focadas em áreas específicas" e "programas de aumento de produtividade", mas o orçamento de base-zero deve cair de 15% para 11% em todo o mundo.

• Implementação é o maior desafio: Esta é a maior barreira para uma ação de redução de custos efetiva, segundo 53% dos entrevistados.

• Ações táticas são predominantes: 40% das empresas entrevistadas contam com ações táticas de custos, como reestruturação de modelos de negócios e redução de gastos externos; enquanto 33% dos entrevistados adotam ações estratégicas de custos, como revisão do modelo de entrega de serviços (terceirização e centro de serviços compartilhados). Este foco tático tende a limitar a amplitude das economias de custos possíveis.

• Desenvolver habilidades de gestão de custos: As três áreas de foco prioritárias são: "previsão, orçamento e reporte" (55%); "novas políticas e processos" (51%); e "infraestrutura de TI, sistemas de TI e plataformas de inteligência de negócios " (49%).

https://www2.deloitte.com/br/pt/pages/strategy-operations/articles/gestao-custo-disrupcao-digital.html
 
Núbia Cristina, 30.JULHO.2018 | Postado em Notícias
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