Bancos de leite reforçam campanha para aumentar doações durante a pandemia

Dois dos principais bancos de leite da Bahia alertam para que as mamães voluntárias sigam com as doações de leite e de potes de vidro. Em Salvador, o Banco de Leite Humano (BLH) da maternidade Climério de Oliveira, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), vai até à casa da doadora para recolher o leite e os potes utilizados na coleta.
 
As interessadas em fazer doações para a maternidade podem entrar em contato pelo telefone (71) 3283-9264. Na sequência, fazer um cadastro e enviar exames que comprovem que estão em boa saúde. Se o cadastro for aprovado, a instituição envia uma unidade móvel, que faz o recolhimento do leite ordenhado pela doadora. A Climério conta com a parceria do Corpo de Bombeiros da Bahia para fazer a coleta.
 
Quem não amamenta também pode colaborar, doando frascos de vidros, com tampas de plástico, que são usados para a coleta (tipo de maionese e café solúvel). Em campanha para manter o fluxo de doações, o Banco de Leite Humano da maternidade Climério de Oliveira seque com determinação para manter o atendimento adequado durante a pandemia.
 
“Doar leite materno salva a vida de prematuros, que necessitam dos anticorpos presentes apenas no leite materno”, afirma Valdmário Rodrigues Júnior, médico obstetra e assessor da presidência da Central Nacional Unimed. Para ele, a equipe - pediatra, obstetra e profissionais do banco de leite - e a família devem apoiar a mãe, para que a amamentação seja bem-sucedida. “Incentivar a amamentação e a doação é um ato social e humanitário”, resume. Um pote de leite materno de 300ml pode alimentar até dez recém-nascidos internados em uma UTI Neonatal.
 
O Brasil conta com mais de 210 bancos de leite, integrantes de uma rede sob a coordenação do Centro de Referência Nacional da Fiocruz. Na Bahia são 5 (cinco) bancos, sendo 2 (dois) na capital. O BLH da Maternidade Climério de Oliveira foi fundado em junho de 2001, sendo o primeiro em Salvador.
 
Feira de Santana

Em Feira de Santana, as doações ao banco de leite materno que funciona no Hospital da Mulher caíram aproximadamente 25%, desde que a pandemia começou.
 
A Organização Mundial da Saúde orienta que as mulheres com síndromes gripais, qualquer tipo de sintoma da Covid-19, ou que tiveram contato com pessoas que contraíram o novo coronavírus não devem doar. Mas as mães saudáveis podem continuar doando.
 
O leite doado atende aos recém-nascidos prematuros e/ou internados na UTI do Hospital da Mulher, que não podem ser amamentados pelas próprias mães. Na maternidade Climério de Oliveira, as mães desses recém-nascidos também convivem com a escassez nas doações nestes meses de quarentena.
 
Doar salva vidas

Toda mãe que amamenta pode doar, desde que seja saudável e não faça uso de medicamentos que possam interferir no leite — saiba quais os remédios compatíveis com a amamentação no link http://www.e-lactancia.org. Para mais informações, com o passo a passo da extração correta, acesse o site do Ministério da Saúde: http://unimed.me/Wa0gp


Benefícios

É comprovado que o aleitamento traz benefícios para toda a vida. Reduz o risco de desenvolvimento de hipertensão, colesterol alto, diabetes e até de obesidade na fase adulta. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a amamentação deve ser exclusiva — sem outros líquidos e alimentos, nos seis primeiros meses de vida.

Nesse período, o leite materno protege os bebês contra diarréias, alergias e infecções respiratórias, diminuindo consideravelmente a mortalidade infantil em menores de cinco anos. A OMS também recomenda, se possível, amamentar até os dois anos (ou mais) para fortalecer a imunidade dos pequenos.

Conheça o Programa de Amamentação da Central Nacional Unimed acessando http://unimed.me/Wa0gq
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