Educaê promove saúde mental entre alunos da rede pública no setembro amarelo
O aumento dos casos de suicídio entre crianças e adolescentes acende um alerta urgente para escolas e famílias no Brasil. Entre 2000 e 2022, a taxa de suicídio entre adolescentes cresceu 120%, com destaque para a faixa de 10 a 14 anos, onde a alta chegou a 140%, segundo análise do Ministério da Saúde e Fiocruz. Em 2023, o Sistema Único de Saúde registrou 11.502 internações por automutilação e tentativas de suicídio — uma média de 31 por dia.
Neste cenário, iniciativas locais vêm mostrando caminhos possíveis. Em Coração de Maria, município a 111 km de Salvador, o Programa Educaê – Juntos por uma Nova Educação, executado pelo Instituto de Saúde e Educação do Nordeste (ISEN) em parceria com a prefeitura, alia formação de professores, oficinas para estudantes e ações com as famílias. Em 2025, já foram realizadas 55 atividades, alcançando cerca de 1.800 participações de crianças de até 12 anos.
A psicóloga Clafylla Luiza, que atua no programa, reforça que o trabalho não se limita aos muros da escola: “Família e escola são instituições que precisam caminhar juntas. Quando há diálogo e objetivos compartilhados, garantimos um ambiente saudável e seguro para as crianças. O cuidado integral passa pelo afeto, limites, escuta ativa e valorização da diversidade”.
Escola e família
Ela ressalta que os resultados já podem ser percebidos: “Há mais abertura de professores e alunos para lidar com temas delicados, estranhamentos que se transformam em reflexões e novos modos de se relacionar”.
Para Aldinélia de Jesus Silva, mãe de um estudante da rede municipal com transtorno mental, as ações do Educaê mudaram a rotina da família: “Depois do diagnóstico, com o tratamento e o apoio da escola, meu filho hoje tem mais equilíbrio. As oficinas que envolvem família, escola e criança trazem conforto e segurança, principalmente para nós, mães atípicas. Percebo que meu filho é incluído em tudo.”
A percepção é compartilhada por professores. Jussara Soares do Couto Silva de Jesus, coordenadora da Escola Municipal David Mendes Pereira, destaca: “As ações do Educaê têm sido fundamentais para o desenvolvimento socioemocional de alunos e professores. Já vimos melhorias em situações de bullying e maior interesse dos estudantes nas atividades.”
O Educaê não atua apenas no campo pedagógico. Suas oficinas e palestras no Setembro Amarelo, e em todo o ano letivo, integram crianças, professores e famílias em rodas de conversa sobre saúde mental, prevenção ao abuso, bullying e construção de vínculos. Essas iniciativas vão ao encontro da BNCC (Base Nacional Comum Curricular), que valoriza o desenvolvimento integral do estudante.
A psicóloga Clafylla Luiza resume o espírito do programa: “Cuidar de uma criança é tarefa compartilhada. Quando trabalhamos juntos, formamos mais que bons estudantes: formamos seres humanos íntegros e empáticos”.
Formação para acolher
A professora Ana Nascimento, doutora em Fisiologia Humana pela Universidad de Valencia (Espanha) e especialista em Neurociências pela USP, costuma conduzir capacitações nas escolas municipais de Coração de Maria sobre TEA (Transtorno do Espectro Autista) TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) e TOD (Transtorno Opositivo-Desafiador).
Segundo ela, preparar os professores é essencial:“Transformar a escola em um espaço acolhedor e eficaz para todos os alunos depende de ferramentas e estratégias inclusivas. Comunicação Alternativa, rotinas previsíveis, ambientes adaptados e reforço de comportamentos positivos fazem a diferença no dia a dia.”
Os dados nacionais mostram que a prevenção não pode esperar. Projetos como o Educaê reforçam que a escola é lugar de vida, e que investir em saúde mental e em ambientes inclusivos é também investir em melhor desempenho escolar, redução de conflitos e fortalecimento da comunidade.
Serviço
O CVV (Centro de Valorização da Vida) oferece apoio emocional e prevenção do suicídio. O atendimento é gratuito, sigiloso e funciona 24 horas por dia pelo telefone 188 ou pelo site www.cvv.org.br
Neste cenário, iniciativas locais vêm mostrando caminhos possíveis. Em Coração de Maria, município a 111 km de Salvador, o Programa Educaê – Juntos por uma Nova Educação, executado pelo Instituto de Saúde e Educação do Nordeste (ISEN) em parceria com a prefeitura, alia formação de professores, oficinas para estudantes e ações com as famílias. Em 2025, já foram realizadas 55 atividades, alcançando cerca de 1.800 participações de crianças de até 12 anos.
A psicóloga Clafylla Luiza, que atua no programa, reforça que o trabalho não se limita aos muros da escola: “Família e escola são instituições que precisam caminhar juntas. Quando há diálogo e objetivos compartilhados, garantimos um ambiente saudável e seguro para as crianças. O cuidado integral passa pelo afeto, limites, escuta ativa e valorização da diversidade”.
Escola e família
Ela ressalta que os resultados já podem ser percebidos: “Há mais abertura de professores e alunos para lidar com temas delicados, estranhamentos que se transformam em reflexões e novos modos de se relacionar”.
Para Aldinélia de Jesus Silva, mãe de um estudante da rede municipal com transtorno mental, as ações do Educaê mudaram a rotina da família: “Depois do diagnóstico, com o tratamento e o apoio da escola, meu filho hoje tem mais equilíbrio. As oficinas que envolvem família, escola e criança trazem conforto e segurança, principalmente para nós, mães atípicas. Percebo que meu filho é incluído em tudo.”
A percepção é compartilhada por professores. Jussara Soares do Couto Silva de Jesus, coordenadora da Escola Municipal David Mendes Pereira, destaca: “As ações do Educaê têm sido fundamentais para o desenvolvimento socioemocional de alunos e professores. Já vimos melhorias em situações de bullying e maior interesse dos estudantes nas atividades.”
O Educaê não atua apenas no campo pedagógico. Suas oficinas e palestras no Setembro Amarelo, e em todo o ano letivo, integram crianças, professores e famílias em rodas de conversa sobre saúde mental, prevenção ao abuso, bullying e construção de vínculos. Essas iniciativas vão ao encontro da BNCC (Base Nacional Comum Curricular), que valoriza o desenvolvimento integral do estudante.
A psicóloga Clafylla Luiza resume o espírito do programa: “Cuidar de uma criança é tarefa compartilhada. Quando trabalhamos juntos, formamos mais que bons estudantes: formamos seres humanos íntegros e empáticos”.
Formação para acolher
A professora Ana Nascimento, doutora em Fisiologia Humana pela Universidad de Valencia (Espanha) e especialista em Neurociências pela USP, costuma conduzir capacitações nas escolas municipais de Coração de Maria sobre TEA (Transtorno do Espectro Autista) TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) e TOD (Transtorno Opositivo-Desafiador).
Segundo ela, preparar os professores é essencial:“Transformar a escola em um espaço acolhedor e eficaz para todos os alunos depende de ferramentas e estratégias inclusivas. Comunicação Alternativa, rotinas previsíveis, ambientes adaptados e reforço de comportamentos positivos fazem a diferença no dia a dia.”
Os dados nacionais mostram que a prevenção não pode esperar. Projetos como o Educaê reforçam que a escola é lugar de vida, e que investir em saúde mental e em ambientes inclusivos é também investir em melhor desempenho escolar, redução de conflitos e fortalecimento da comunidade.
Serviço
O CVV (Centro de Valorização da Vida) oferece apoio emocional e prevenção do suicídio. O atendimento é gratuito, sigiloso e funciona 24 horas por dia pelo telefone 188 ou pelo site www.cvv.org.br