Mulheres do Brasil tem mais de 18 mil integrantes comprometidas com ações sociais

Por Núbia Cristina (texto)
Fotos: Paulo Coutinho


Uma homenagem à artista plástica e ex-vereadora de Salvador, Eliana Kertész, marcou o lançamento do Núcleo Bahia do Grupo Mulheres do Brasil, ontem, no Cerimonial Rainha Leonor, em Salvador/BA. Emocionada, a presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano, explicou que o nome do grupo foi inspirado pela exposição “As mulheres do Brasil”, que aconteceu no Palácio do Planalto, em 2013.

“Nós estávamos em Brasília e era o início de tudo. Aquela exposição maravilhosa, com obras que representam tão bem a mulher brasileira, nos deu o nome do grupo”. Amiga pessoal da artista plástica baiana, Luiza Helena esteve em Salvador no ano passado, no sepultamento de Eliana, que ocorreu em 2017.

O trabalho das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) foi muito elogiado por ela, que visitou a instituição e fez questão de enaltecer a liderança de Maria Rita Pontes, superintendente da OSID e sobrinha de Irmã Dulce. “Fiquei impressionada, e em cada uma das pessoas que nos recebeu lá havia uma Irmã Dulce presente”.
A apresentação de jovens artistas do Neojiba (Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia) provocou gritos na plateia, que lotou o cerimonial e conquistou a dama do varejo brasileiro. “Dia 16, próximo, nós vamos promover um encontro com os presidenciáveis e estou pensando em levar essas meninas para cantar na abertura, o que vocês acham?”, perguntou Luiza Helena. O sim foi estrondoso e a empreendedora não poupou elogios à performance.
 
Crise política, econômica e ética

Uma das mulheres mais influentes do país, Luiza Helena comparou o cenário atual com outras crises já vividas pelo Brasil, pontuando que neste momento a sociedade se mobiliza para tomar as rédeas do país. “Pela primeira vez, a sociedade civil quer assumir o Brasil, a gente quer ser protagonista”. Para ela, esse é o único caminho para superar o que chamou de “crise longa, política econômica e ética”.

“As eleições não vão mudar o país, o que precisa mudar é esse sistema político viciado”, afirmou. “Mas estou esperançosa, vejo a sociedade se mobilizando para assumir o Brasil”.

O Grupo Mulheres do Brasil está presente em todas as regiões do país, por meio de 31 núcleos regionais. Tem mais de 18 mil mulheres cadastradas, todas voluntárias. O time contabiliza 120 ações mapeadas, em andamento. São 17 organizações sociais parceiras e algumas empresas, num trabalho que resulta em 20 mil pessoas beneficiadas, diretamente.  A sede da entidade fica em São Paulo.

“Nós queremos ser o maior grupo político apartidário do Brasil, com 100 mil mulheres propondo ações para melhoria da saúde, educação, e para redução das desigualdades deste país. Não somos contra os homens, mas a favor das mulheres, e nosso objetivo é a promoção do bem comum”, resumiu.

Núcleo Bahia

As líderes do Núcleo Bahia, a empresária Virgínia Pascoal, e a advogada Ana Clara de Carvalho, fizeram um resumo das ações que estão sendo realizadas no Estado.   
“É uma honra fazer parte do grupo. O trabalho nos traz uma motivação enorme. Convidamos todas a participar”, pontuou Virgínia. “A cada reunião me surpreendo com a quantidade de mulheres engajadas, em Salvador e em várias regiões da Bahia”.

“Pequenos milagres acontecem a cada dia e nos motivam a seguir em frente, desde que começamos esse trabalho”, afirmou Ana Clara. “Aqui a gente tem a consciência de que o propósito da vida não é apenas ganhar e gastar dinheiro, estamos expandindo nossa rede de cuidado, além de nossa família”, resume.

Para se engajar nas ações e participar do grupo, basta se inscrever no site http://www.grupomulheresdobrasil.com.br
 
Núbia Cristina, 09.AGOSTO.2018 | Postado em Notícias
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