Brasil é exemplo no combate ao tabagismo

O Brasil avança no combate ao tabagismo, mas o hábito de fumar ainda afeta a saúde de muitos. De acordo com o Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), 9,3% dos brasileiros afirmaram ter o hábito de fumar, em 2018, contra 15,7%, em 2006, ano em que a pesquisa começou a ser feita. A tendência, segundo o ministério, é de redução constante desse hábito no país. 

Nos últimos 13 anos, a população entrevistada diminuiu em 40% o consumo do tabaco. A pesquisa revela ainda que o consumo vem caindo em todas as faixas etárias: de 18 a 24 anos de idade (12% em 2006 e 6,7%, em 2018), 35 e 44 anos (18,5% em 2006 e 9,1% em 2018); e entre 45 a 54 anos (22,6% em 2006 e 11,1% em 2018). Entre as mulheres, a redução do hábito de fumar alcançou 44%.

Especialistas da Central Nacional Unimed colaboram com ações educativas que alertam sobre os riscos do tabagismo, orientando sobre os malefícios que o cigarro provoca à saúde. Na Clínica de Atenção Integral à Saúde (AIS) da Central Nacional Unimed, os pacientes são informados sobre a importância da alimentação equilibrada e da adoção de hábitos saudáveis, como a prática de atividades físicas e as terapias de apoio para parar de fumar.

Redução constante
De acordo com o Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), 9,3% dos brasileiros afirmaram ter o hábito de fumar, em 2018, contra 15,7%, em 2006, ano em que a pesquisa começou a ser feita. A tendência, segundo o ministério, é de redução constante desse hábito no país. 

Brasil e Turquia
O Brasil e a Turquia são os dois únicos países, dentre as 171 nações que aderiram às medidas globais da Organização Mundial da Saúde (OMS), que implementaram ações governamentais de sucesso para a redução do consumo de tabaco. O resultado está no 7º Relatório da OMS sobre a Epidemia Mundial do Tabaco, divulgado esta semana (26), no Rio de Janeiro.

Riscos à saúde
O cigarro tem aproximadamente 4720 substâncias tóxicas, das quais 50 são cancerígenas e o tabagismo aumenta a incidência de doenças como bronquite crônica, enfisema pulmonar, derrames e infartos, alerta o médico da Clínica de Atenção Integral à Saúde (AIS) da Central Nacional Unimed, Marlon Chagas Magalhães.
Ele explica que a Organização Mundial de Saúde reconhece que pelo menos 50 doenças estão associadas ao hábito de fumar. “O tabagismo é causa primária de 30% de todos os tipos de câncer e responde por 22% das mortes causadas pela doença”, adverte.
Cerca de 20% dos fumantes desenvolvem câncer de pulmão, doença que tem alta letalidade e decorre do tabagismo em 90% dos casos.  Os tipos de câncer mais comuns entre os fumantes são pulmão, cabeça e pescoço, bexiga, rim, esôfago, pâncreas, cólon e reto e esôfago. O risco relativo de câncer de pulmão em fumantes de 20 ou mais cigarros por dia é de 20 a 30 vezes maior.

Quem fuma, vive menos
Cada cigarro consumido subtrai 11 minutos da vida do fumante, segundo estudo publicado em 2010 no British Medical Journal. “Cerca de 50% dos fumantes inveterados morrem prematuramente por causa do seu hábito, com redução média da vida de 20 a 25 anos”, afirma Magalhães.
O tabagismo é tão nocivo que faz mal até para quem não fuma. O fumo passivo aumenta em 25% os ricos de doenças cardíacas e eleva o risco de desenvolver câncer, complicações respiratórias e outros problemas. A legislação brasileira contribui para a saúde dos não-fumantes. O ato de fumar foi proibido em locais fechados, públicos e privados, pela Lei 12.546/2011.

Prevenção e tratamento
O tratamento para quem deseja parar de fumar inclui o medicamento bupropiona, adesivos e gomas de mascar (terapia de reposição de nicotina).
Núbia Cristina, 29.AGOSTO.2019 | Postado em Notícias
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