É hora de atrair fabricantes de veículos sustentáveis

Investidores chineses estão na mira no governo baiano, que costura uma solução para minimizar os impactos do encerramento das atividades da Ford na Bahia. Por meio de nota oficial, o governador Rui Costa afirmou que o “governo estadual entrou em contato com a Embaixada Chinesa para sondar possíveis investidores interessados em assumir o negócio na Bahia”.

O encerramento da produção no parque industrial de Camaçari, Região Metropolitana da Salvador, tem reflexos muito negativos para a economia do estado, que vivencia uma drástica crise, potencializada pela pandemia. De acordo com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), a Ford e seus sistemistas são responsáveis pela geração de 7.216 empregos. A queda na arrecadação fiscal do município de Camaçari vai chegar a R$ 150 milhões.

É preciso buscar uma saída para reduzir o impacto econômico e social. Indo ao encontro de grupos estrangeiros, para tocar a produção de veículos no estado. Entretanto, está na hora de apostar em projetos sustentáveis, e deixar de lado fabricantes tradicionais, ávidos por incentivos fiscais.

Está claro que o futuro da indústria automotiva aponta para a produção em massa de veículos elétricos, compactos, de baixo custo. Eletrificação é a alternativa para garantir mobilidade com menor impacto ambiental. O que antes era tendência, hoje avança velozmente no mundo inteiro. Com incentivos, investimentos e programas, em países de vários continentes.

O governo chinês promove os veículos elétricos, e apoia a indústria rumo à eletrificação. Por isso determinou que 20% dos carros em circulação na China, em 2025, deverão ser eletrificados ou movidos a combustíveis alternativos. Foi criado um programa de incentivos para atingir a meta. O Reino Unido vai na mesma tendência.

A Bahia precisa fazer alianças com empresas focadas na preservação ambiental, na sustentabilidade econômica dos negócios e no desenvolvimento da comunidade onde estão instaladas, comprometidas com o progresso da cidade, do estado e do país. Se têm origem no Reino Unido, na China, nos Estados Unidos, pouco importa.

*Texto da coluna Auto Brasil, publicada todas as quartas-feiras, no caderno A Tarde Autos, do jornal A Tarde, da qual a jornalista Núbia Cristina é editora.
Núbia Cristina, 14.JANEIRO.2021 | Postado em Notícias
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