Futuro incerto para segmento que atende PCD
Com o dólar em alta, aumento no custo da matéria-prima e a instabilidade gerada pela crise econômica, a indústria automotiva abandona uma estratégia muito utilizada para turbinar vendas: os modelos sob medida para o público PCD (Pessoas com Deficiência). Ao menos temporariamente, marcas com ótima performance nesse segmento anunciaram o fim das versões customizadas.
Recentemente, a Hyundai suspendeu as vendas do Creta 1.6 PCD, uma decisão temporária, de acordo com a marca. E uma lista de modelos deixou de oferecer essa versão: Jeep Renegade, Renault Captur e Duster, Citroën C4 Cactus, Peugeot 2008 e Caoa Chery Tiggo 2.
Estão na lista, ainda, as versões PCD do VW T-Cross e do Chevrolet Tracker, que foram suspensas e não há previsão de volta. Em comunicado oficial, a Nissan do Brasil afirmou que vai continuar oferecendo versões para o segmento PCD, incluindo o Kicks, cujo lançamento está programado para março.
Hoje, a Nissan tornou-se a única fabricante no País a oferecer um SUV PCD, com isenção total de impostos e preço inferior a R$ 70 mil, por meio de venda direta da fábrica ao consumidor.
Em 2020, o SUV mais vendido no Brasil foi o VW T-Cross. Com um total de 60.119 unidades vendidas no acumulado do ano. Grande parte desse resultado é mérito da versão Sense, voltada exclusivamente ao público PCD. Só em julho a Volkswagen emplacou 7.113 unidades da versão, o que representa 31% de todas as vendas do T-Cross Sense em 2020.
Faltam versões PCD e o futuro do segmento é uma incógnita. A isenção de ICMS para carros PCD foi prorrogada para março deste ano. A concessão deveria acabar no dia 31 de dezembro de 2020 e foi estendida por três meses. Mas em São Paulo foi aprovado um projeto de lei que garante isenção do IPVA apenas para deficientes físicos que utilizem carro adaptado, ou seja, portadores de deficiências mais severas. Outra mudança: a redução da alíquota do ICMS, que chegava a 21%, foi reduzida para 18%. Resta saber se outros governos estaduais, que hoje garantem redução de impostos, seguirão a mesma tendência.
*Texto da coluna Auto Brasil, publicada todas as quartas-feiras, no caderno A Tarde Autos, do jornal A Tarde, da qual a jornalista Núbia Cristina é editora.
Recentemente, a Hyundai suspendeu as vendas do Creta 1.6 PCD, uma decisão temporária, de acordo com a marca. E uma lista de modelos deixou de oferecer essa versão: Jeep Renegade, Renault Captur e Duster, Citroën C4 Cactus, Peugeot 2008 e Caoa Chery Tiggo 2.
Estão na lista, ainda, as versões PCD do VW T-Cross e do Chevrolet Tracker, que foram suspensas e não há previsão de volta. Em comunicado oficial, a Nissan do Brasil afirmou que vai continuar oferecendo versões para o segmento PCD, incluindo o Kicks, cujo lançamento está programado para março.
Hoje, a Nissan tornou-se a única fabricante no País a oferecer um SUV PCD, com isenção total de impostos e preço inferior a R$ 70 mil, por meio de venda direta da fábrica ao consumidor.
Em 2020, o SUV mais vendido no Brasil foi o VW T-Cross. Com um total de 60.119 unidades vendidas no acumulado do ano. Grande parte desse resultado é mérito da versão Sense, voltada exclusivamente ao público PCD. Só em julho a Volkswagen emplacou 7.113 unidades da versão, o que representa 31% de todas as vendas do T-Cross Sense em 2020.
Faltam versões PCD e o futuro do segmento é uma incógnita. A isenção de ICMS para carros PCD foi prorrogada para março deste ano. A concessão deveria acabar no dia 31 de dezembro de 2020 e foi estendida por três meses. Mas em São Paulo foi aprovado um projeto de lei que garante isenção do IPVA apenas para deficientes físicos que utilizem carro adaptado, ou seja, portadores de deficiências mais severas. Outra mudança: a redução da alíquota do ICMS, que chegava a 21%, foi reduzida para 18%. Resta saber se outros governos estaduais, que hoje garantem redução de impostos, seguirão a mesma tendência.
*Texto da coluna Auto Brasil, publicada todas as quartas-feiras, no caderno A Tarde Autos, do jornal A Tarde, da qual a jornalista Núbia Cristina é editora.