Norte e Nordeste têm os mais graves índices de fome do país

Um estudo divulgado nesta quarta-feira, 14, mostra que estados do Norte e do Nordeste têm, proporcionalmente, os mais graves índices de insegurança alimentar do País, segundo dados do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil. 

A situação é pior quando são considerados os domicílios com crianças de até dez anos ou aqueles com renda familiar per capita inferior a meio salário mínimo. Na Bahia, por exemplo, 26,38 %  das residências apresentam insegurança alimentar moderada ou grave, alcançando a média de 37,4% de segurança alimentar. 

Participaram da pesquisa 12.745 domicílios, em áreas urbanas e rurais de 577 municípios, distribuídos nos 26 estados e no Distrito Federal. A Segurança Alimentar e a Insegurança Alimentar foram medidas pela Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia), também utilizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No ano de 2018, 5,8% dos brasileiros passavam fome. Em 2020, essa parcela subiu para 9% e, em 2022, chegou aos atuais 15,5%, que representam 33 milhões de brasileiros. Diante deste cenário, 9 dos 10 estados do Nordeste ficaram abaixo desta marca, sendo o Ceará (18,2%) o caso mais distante. Apenas o Rio Grande do Norte (51,2%) superou a média nacional.

No ranking da fome, a insegurança alimentar grave do Alagoas é seguida daquela do Piauí (34,3%), Amapá (32%), Pará (30%), Sergipe (30%) e Maranhão (29,9%). A região Sudeste, por ser mais populosa, é aquela que mais concentra pessoas famintas. Em São Paulo, são 6,8 milhões de pessoas com fome. No Rio, 2,7 milhões não têm comida suficiente.

A primeira etapa da pesquisa, divulgada em junho, mostrou que 1 a cada 3 brasileiros já passou por situações constrangedoras para conseguir alimento.
Núbia Cristina, 15.SETEMBRO.2022 | Postado em Notícias
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